segunda-feira, 9 de maio de 2016


Wings for Life 2016


Correr por aqueles que não podem!
Porto, 8 de Maio ao 12h
Tempo: chuva torrencial e vento ciclónico!


Tudo começou com uma simples ideia numa escala no aeroporto de Moscovo: e se conseguisses pôr o mundo inteiro a correr? Todas as pessoas, à escala global, no mesmo dia, à mesma hora. Uma corrida de proporções épicas em que apenas um único atleta chegaria sozinho ao final. Uma corrida mundial. Mas isso podia ser feito? Podia. E a 1ª corrida aconteceu em 2014. No Porto desde o ano passado.

O mundo inteiro corre em conjunto por uma causa: descobrir a cura para as lesões na espinal-medula.

Na Wings for Life World Run todos correm por aqueles que não podem. Os participantes começam todos ao mesmo tempo em vários locais, 34 nos 5 continentes, em 2016. Corredores e participantes em cadeiras de rodas competem lado a lado, desde iniciados até atletas de elite, para se manterem à frente do Carro-Meta que os persegue.

Ontem, finalizaram no Porto 2044 corredores, no mundo foram 130732, sendo que o vencedor percorreu mais de 88km!! A fundação conseguiu angariar quase 7 milhões de euros, uma vez que o dinheiro da inscrição reverte todo a favor da fundação Wings for Life!

Eu fiz uns modestos 10km. Era o meu objetivo por isso fiquei contente.

No ano passado, estava um temporal e este ano parecia que ia ser a mesma coisa. Quando estacionei o carro em Matosinhos chovia copiosamente e estava um vento que não se podia. Mesmo antes de começar já estava encharcada, com frio e a pensar o que fazia ali. A causa era boa, mas se fosse para sofrer como no ano passado não sei se estaria com muita vontade.... O meu companheiro, o Bruno, pensava o mesmo, e acho que todos os que estavam no autocarro a caminho da partida também partilhavam o mesmo pensamento, pois pingavam bastante.

Entretanto, S. Pedro decidiu participar na corrida e a chuva parou.
Antes de começar muita animação, muita gente, música, aquecimento, fotos, todos a postos para fazer os km possíveis antes de aparecer o carro-meta.

Ao 12h arrancamos!

Avenida da Boavista abaixo, percurso fácil, com algumas pessoas a apoiar. Aos 2,5km já havia água para quem precisasse e assim era de 2,5 em 2,5 km até aos 7,5 km e depois de 5 em 5 km.

Há que dar os parabéns à organização e aos voluntários pois correu tudo muito bem: não faltou apoio, não faltou água, fruta e bebidas energéticas. E quando acabei e apanhei o transporte de volta ao Castelo do Queijo, também não faltou os parabéns para adoçar a alma nem uma garrafa de água para retemperar energias.

E lá fomos, depois da avenida da Boavista, viramos no parque da cidade e fomos ter à Circunvalação, onde descemos em direção à rotunda da anémona em Matosinhos. Daí foi sempre em frente, passando pelo Edifício Transparente, pelo Castelo do Queijo, pela Foz até ao Jardim do Passeio Alegre onde fui apanhada pelo carro-meta.

Tinha planeado fazer 10 km e assim foi. Foi um pouco menos que no ano passado, mas a minha preparação este ano era menor, por isso tive que reajustar os meus objetivos. Mas esta é daquelas corridas que o que conta é participar.

61989 no ranking geral global, 20951 no ranking feminino global e 496 no ranking feminino no Porto! Considero a experiência bastante positiva pelo segundo ano consecutivo.  

Para o ano será o último no Porto, pelo menos era o que estava previsto, e estarei presente.

Este ano optei por fazer parte de uma equipa e associei-me à Dobem, da apresentadora Isabel Silva. Juntos fizemos 336,27 km, 17 atletas. A nossa equipa ficou em 158 das 2343 equipas presentes. Algumas equipas só tinham 1 pessoa, mas de qualquer forma, o nosso resultado foi muito honroso e estou muito orgulhosa de ter feito parte.

Gostava também de realçar que o transporte no regresso estava muito bem organizado. Não esperei nem 1 minuto para sair de onde o apanhei, ofereceram-me água e simpatia. No ano passado como tinha voltado a pé para casa não sabia como funcionava e como já tive algumas más experiências em algumas provas internacionais estava um pouco de pé atrás. Mas correu tudo muito bem.

Aproveitei, como ainda tinha que esperar pelo meu colega e fui ficando na tenda principal a ver a corrida pelo mundo. Muito orgulhosa de saber que quer no Dubai quer no Canadá eram portugueses que iam à frente.

Para o meu álbum de recordações fica mais uma corrida, carregada de sentimento e de sentido, pois sempre que me sentia cansada pensava naqueles que não podem correr. É sempre bom correr por uma causa e é sempre magnifico correr na nossa cidade.

As inscrições para o ano já estão abertas e podem seguir o link para o fazer. Eu estarei lá de certeza!




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